Relacion economica Argentina-Brasil
ProtecionismoEmpresários brasileiros pedirão audiência com Cristina Kirchner
Novas medidas do governo argentino podem afetar 79% das exportações brasileiras para aquele país
Skaf: "Uma briga assim não seria bom nem para as empresas brasileiras nem para os consumidores argentinos, que necessitam das mercadorias" (José Cruz/ABr)
Empresários brasileiros preocupados com a adoção de novas medidas protecionistas pela Argentina pedirão uma audiência com a presidente do país vizinho, Cristina Kirchner, para a última semana de janeiro, assim que ela se recuperar de uma cirurgia para a retirada da glândula tireoide.
Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, o grupo pedirá a retirada da Resolução nº 3252 da Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP, a Receita Federal da Argentina), em troca de alternativas que mantenham o superávit comercial do país vizinho em torno de 11 bilhões de dólares.
As novas medidas decretadas pelo governo argentino podem, segundo estimativas da consultoria Abeceb.com, afetar 79% das exportações brasileiras para o país.
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, após reunião com representante de setores da indústria paulista e sindicatos, Skaf afirmou que o objetivo dos empresários é buscar uma solução que seja benéfica para os dois países, sem precisar recorrer a órgãos de comércio internacional.
De acordo com ele, recorrer à Organização Mundial de Comércio (OMC), por exemplo, significaria ter de esperar um tempo muito longo para conseguir a liberação de mercadorias paradas na fronteira. "Uma briga assim não seria bom nem para as empresas brasileiras nem para os consumidores argentinos, que necessitam das mercadorias", afirmou.
O presidente da Fiesp informou que já fez contatos com o ministro interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e com o embaixador do Brasil na Argentina. "Está tudo sendo feito em comunicação com o governo brasileiro", disse. Skaf afirmou também que as negociações não podem esperar, já que as empresas exportadoras têm compromissos. "O tempo corre contra todo mundo, nós precisamos de uma solução", ressaltou.
Skaf sugeriu, por exemplo, que o país vizinho utilizasse seus estaleiros para a construção de navios que empresas brasileiras necessitarem. Em troca, seriam retiradas as exigências de declarações obrigatórias para a importação de produtos brasileiros.
"A Argentina poderia exportar produtos de alto valor, como navios que a Petrobras tanto precisa, com os estaleiros deles, que estão quase parados. Ficaria bom tanto para a Argentina, que manteria seu superávit comercial, como para o Brasil", afirmou.
Resolução – O objetivo da Argentina ao editar a resolução é manter o superávit do país no comércio internacional, que, no ano passado, foi de quase 11 bilhões de dólares. O comércio bilateral entre Brasil e Argentina somou no ano passado 39,6 bilhões de dólares, com um superávit para o Brasil de 5,8 bilhões de dólares – 22,7 bilhões de dólares em exportações e 16,9 bilhões de dólares em importações.
O presidente da Fiesp disse que as medidas adotadas pela Argentina, que entrarão em vigor em 1º de fevereiro, representam mais um golpe dentro do Mercosul.
De acordo com ele, os países do bloco comercial deveriam unir forças para enfrentar a entrada de produtos asiáticos. "Em vez de bater cabeça, deveríamos sentar à mesa de negociações e discutir dumping e pirataria de praticados por outros países." Skaf não deixou de manifestar indignação com a atitude da Argentina. "Todos os anos tem um problema com a Argentina, esse é mais um", completou.
Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, o grupo pedirá a retirada da Resolução nº 3252 da Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP, a Receita Federal da Argentina), em troca de alternativas que mantenham o superávit comercial do país vizinho em torno de 11 bilhões de dólares.
As novas medidas decretadas pelo governo argentino podem, segundo estimativas da consultoria Abeceb.com, afetar 79% das exportações brasileiras para o país.
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, após reunião com representante de setores da indústria paulista e sindicatos, Skaf afirmou que o objetivo dos empresários é buscar uma solução que seja benéfica para os dois países, sem precisar recorrer a órgãos de comércio internacional.
De acordo com ele, recorrer à Organização Mundial de Comércio (OMC), por exemplo, significaria ter de esperar um tempo muito longo para conseguir a liberação de mercadorias paradas na fronteira. "Uma briga assim não seria bom nem para as empresas brasileiras nem para os consumidores argentinos, que necessitam das mercadorias", afirmou.
O presidente da Fiesp informou que já fez contatos com o ministro interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e com o embaixador do Brasil na Argentina. "Está tudo sendo feito em comunicação com o governo brasileiro", disse. Skaf afirmou também que as negociações não podem esperar, já que as empresas exportadoras têm compromissos. "O tempo corre contra todo mundo, nós precisamos de uma solução", ressaltou.
Skaf sugeriu, por exemplo, que o país vizinho utilizasse seus estaleiros para a construção de navios que empresas brasileiras necessitarem. Em troca, seriam retiradas as exigências de declarações obrigatórias para a importação de produtos brasileiros.
"A Argentina poderia exportar produtos de alto valor, como navios que a Petrobras tanto precisa, com os estaleiros deles, que estão quase parados. Ficaria bom tanto para a Argentina, que manteria seu superávit comercial, como para o Brasil", afirmou.
Resolução – O objetivo da Argentina ao editar a resolução é manter o superávit do país no comércio internacional, que, no ano passado, foi de quase 11 bilhões de dólares. O comércio bilateral entre Brasil e Argentina somou no ano passado 39,6 bilhões de dólares, com um superávit para o Brasil de 5,8 bilhões de dólares – 22,7 bilhões de dólares em exportações e 16,9 bilhões de dólares em importações.
O presidente da Fiesp disse que as medidas adotadas pela Argentina, que entrarão em vigor em 1º de fevereiro, representam mais um golpe dentro do Mercosul.
De acordo com ele, os países do bloco comercial deveriam unir forças para enfrentar a entrada de produtos asiáticos. "Em vez de bater cabeça, deveríamos sentar à mesa de negociações e discutir dumping e pirataria de praticados por outros países." Skaf não deixou de manifestar indignação com a atitude da Argentina. "Todos os anos tem um problema com a Argentina, esse é mais um", completou.
(Com Agência Estado)
Comentarios
Publicar un comentario