Estrategia Argentina en comercio con Brasil ( Em portugues)






Valor Econômico.

Argentina quer exportar para o Nordeste brasileiro


RIO – O governo da Argentina prepara uma estratégia para que os produtos fabricados no país tenham mais penetração na região Nordeste do Brasil, que experimentou forte crescimento na última década. Atualmente, os bens produzidos no país vizinho não chegam ao Nordeste brasileiro. É o que afirma o secretário de Comércio e Relações Econômicas Internacionais da Chancelaria argentina, embaixador Luis Kreckler, para quem o problema não é a distância, mas a falta de acesso direto ao mercado da região.

Segundo ele, São Paulo é o ponto focalizado pelos empresários argentinos para a distribuição de produtos para o resto do Brasil. “O que acontece é que entre São Paulo e o resto do Brasil você tem algo como uma grande montanha. Nossos produtos não chegam ao Nordeste do Brasil porque em São Paulo os distribuidores são os que decidem para onde esses produtos vão”, afirma. “O centro é São Paulo, se você quer tomar um avião de Buenos Aires para Recife tem que ir por São Paulo. Não tem vôo direto”, complementa.
O governo argentino identifica que muitos produtos que o país produz competitivamente, e que estão presentes no Sudeste e no Sul do Brasil, são importados para o Nordeste a partir de outros países.
Segundo ele, seu governo pretende chegar diretamente ao Nordeste sem ter que contar com distribuidores do Sudeste ou do Sul do país. Para isso, Buenos Aires planeja realizar missões comerciais mais frequentes na região. “A gente tem que montar uma estrutura de distribuição para que os produtos possam chegar com preços mais baixos ao Nordeste”.
Entre os produtos que poderiam se beneficiar dessa estratégia estão alimentos e serviços de tecnologia da informação, segundo Kreckler, que participou do seminário “Oportunidades de Investimento na Argentina”, realizado no Rio de Janeiro.
O embaixador criticou ainda a dificuldade das empresas argentinas em participar de licitações no Brasil. Para ele, companhias renomadas de seu país poderiam participar dos grandes projetos de infraestrutura que surgem no Brasil com a proximidade da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, competindo com empresas brasileiras ou fazendo parcerias.
Nas licitações do governo brasileiro, “se competem com empresas brasileiras, [as companhias argentinas] têm que fazer ofertas de 20% a 30% mais baixas”, afirma Kreckler, acrescentando que na Argentina as companhias brasileiras estão “em plano de igualdade” com as locais para concorrer em licitações.
A questão das compras governamentais é um ponto de discussão atual no Mercosul. Mas, segundo Kreckler, “a Argentina está procurando negociar isso no plano bilateral com o Brasil” para firmar um acordo sobre o tema.
(Guilherme Serodio | Valor)

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